domingo, 20 de fevereiro de 2011

crítica literária

que o trabalho do crítico é educar o público
e o do artista, educar o crítico

o pound bate muito nessa tecla da educação
que, me parece, já vem de muito antes
cícero? santo agostinho? eu ando perdendo toda a erudição
não sei mais citar ninguém
é uma aposta num modo de pensar
fichas na mesa

comecei este blogue pra tentar escrever crítica literária fora dos moldes acadêmicos e jornalísticos. e mais próximo do modo como eu lia quando era adolescente. uma crítica mais impressionista do que profissional. "profissional" quase sempre significa rabo preso, e é isso que eu não queria. nem o rabo preso das relações pessoais, nem o rabo preso das correntes teóricas. uma crítica com o lirismo dos bêbados.

acho que nunca fiz uma autoavaliação do blogue. sempre que tentei, entrei num tom muito pomposo. fiquei tão refestelado em mim que falei "bleh não quero mais" e larguei isso aqui. agora tou pensando se tem de ser realmente assim.

verdade que conheci muita gente legal por causa deste blogue. disso não posso reclamar mesmo.

talvez o caminho seja - acho que foi sempre nessas circunstâncias em que me saí melhor - não encerrar nada. deixar o respiro ficar só respirando. e depois não ficar achando que fiz pouco.

é difícil, porque tem que lembrar o tempo todo que o que eu quero é isso, e não outra coisa.

nenhuma coerência. nenhuma reverência. não quero saber da crítica que não é libertação. as bichas dizem "meu cu!"

o monumento não tem porta.

3 comentários:

  1. eu acabei de entrar de férias da crítica!
    olha a resenha que fiz para o Quarto de Jacob:

    http://www.pagina3.com.br/coluna/emergencia/2041

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  2. não quero saber da crítica que não é libertação - genuíno rs.

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  3. Frescor. Aos falantes: crítica >> http://asinusauri.blogspot.com/2012/01/e-bom-e-bom.html

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