que o trabalho do crítico é educar o público
e o do artista, educar o crítico
o pound bate muito nessa tecla da educação
que, me parece, já vem de muito antes
cícero? santo agostinho? eu ando perdendo toda a erudição
não sei mais citar ninguém
é uma aposta num modo de pensar
fichas na mesa
comecei este blogue pra tentar escrever crítica literária fora dos moldes acadêmicos e jornalísticos. e mais próximo do modo como eu lia quando era adolescente. uma crítica mais impressionista do que profissional. "profissional" quase sempre significa rabo preso, e é isso que eu não queria. nem o rabo preso das relações pessoais, nem o rabo preso das correntes teóricas. uma crítica com o lirismo dos bêbados.
acho que nunca fiz uma autoavaliação do blogue. sempre que tentei, entrei num tom muito pomposo. fiquei tão refestelado em mim que falei "bleh não quero mais" e larguei isso aqui. agora tou pensando se tem de ser realmente assim.
verdade que conheci muita gente legal por causa deste blogue. disso não posso reclamar mesmo.
talvez o caminho seja - acho que foi sempre nessas circunstâncias em que me saí melhor - não encerrar nada. deixar o respiro ficar só respirando. e depois não ficar achando que fiz pouco.
é difícil, porque tem que lembrar o tempo todo que o que eu quero é isso, e não outra coisa.
nenhuma coerência. nenhuma reverência. não quero saber da crítica que não é libertação. as bichas dizem "meu cu!"
o monumento não tem porta.
domingo, 20 de fevereiro de 2011
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