É legal quando um diretor mal educado faz um filme mainstream, ou quase. A concepção clichê de mainstream aparece nos cortes, nos quadros, na trilha, mas sempre meio torta, escorregando.
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O jeito mais subversivo de mostrar uma cena de amor entre um menino de 18 anos e um velho de 82 é mesmo do jeito mais convencional possível: música melosa, closes de toques apaixonados, beijos quase castos. O contraste das peles faz todo o resto do trabalho. E, ao mesmo tempo, é só uma cena de sexo não explícito. O filme olha aquilo como se fosse qualquer coisa. E deixa, pra gente, lidar com o nosso próprio estranhamento.
quinta-feira, 19 de março de 2015
velhice e erotismo
A mesma operação discursiva que Foucault diagnostica na História da sexualidade (não há repressão sexual, mas proliferação de discursos sobre o sexo, e isso acaba por fazer dele um imperativo circunscrito e controlado) pode ser atribuída à velhice, em contraposição ao diagnóstico de Simone de Beauvoir ("há uma conspiração do silêncio")?
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romance americano
Se o romance do século 19 serviu à formação do Brasil como Estado, os do século 20 terão servido ao seu derruimento?
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