quinta-feira, 19 de março de 2015

Gerontofilia, do Bruce La Bruce

É legal quando um diretor mal educado faz um filme mainstream, ou quase. A concepção clichê de mainstream aparece nos cortes, nos quadros, na trilha, mas sempre meio torta, escorregando.

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O jeito mais subversivo de mostrar uma cena de amor entre um menino de 18 anos e um velho de 82 é mesmo do jeito mais convencional possível: música melosa, closes de toques apaixonados, beijos quase castos. O contraste das peles faz todo o resto do trabalho. E, ao mesmo tempo, é só uma cena de sexo não explícito. O filme olha aquilo como se fosse qualquer coisa. E deixa, pra gente, lidar com o nosso próprio estranhamento.

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