quinta-feira, 11 de junho de 2009

ame-o e deixe-o

esse texto é só para mostrar isso / / / ainda lendo o maiakovski teórico da poesia

Não basta alargar as fileiras em marcha. É necessário fazê-lo seguindo todas as regras do combate de rua, é necessário que o telégrafo, os bancos, os arsenais, passem para as mãos dos operários sublevados.

Nós que nos pensamos anacrônicos / sem ancestralidade / sendo a política também anacrônica e tudo o mais que não estiver presentificado pelos juros / que arte para o nosso tédio alegre?


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a possibilidade da melancolia / . A Farmácia está voltada à pesquisa de um antidepressivo simultaneamente analgésico, faz uns anos eu ouvi. Serão admitidos sorrisos em documentos oficiais / nós inventamos a bipolaridade emocional.

A melancolia como descontentamento contemplativo.

(Que é o amor, não é?)

Qual alegria arrancar?

Um dos bons momentos de Ana C., em que ela não anula -

MOCIDADE INDEPENDENTE

Pela primeira vez infringi a regra de ouro e voei pra cima sem medir mais as consequências. Por que recusamos ser proféticas? E que dialeto é esse para a pequena audiência de serão? Voei pra cima: é agora, coração, no carro em fogo pelos ares, sem uma graça atravessando o Estado de São Paulo, de madrugada, por você, e furiosa: é agora, nesta contramão.

- caminhando contra o vento / eu vou eu vou / na bateria da escola de samba mordida na ferocidade humana.


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A melancolia não tem dentes. Esquenta bastante a batata e deixa de comê-la, de modo que os dentes se atrofiam. E ela endurece mole, quem quer que sopre a vê voar mas ela nunca se aliena de si. Como o Michael K do romance do Coetzee: a África do Sul em guerra deslocamentos civis ele vai montanhas comer mosquito e terra. Porque quer. (Querer, aí, é um desejo seco).

A alegria furiosa não tem nada a ver com a dos anúncios publicitários porque ela é / rasgada / pessoal. Uma que também não se aliena de si.

Pra essas duas o Outro nunca é uma questão. Tanto a alegria quanto a melancolia (políticas, coração) são materiais. Presença de corpo. o Outro só é uma questão pro arquétipo abstraído. Essas duas são arquétipos materializados. (Para a melancolia no entanto o Outro costuma ser uma dor, quando contemplação dói).


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Há que, portanto, materializar essa presença / a arte. Uma presença de corpo pra ter xs outrxs presentes. O artesanato das relações.


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Um comentário:

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